Oculus agora permite que PCs "fraquinhos" suportem o Rift
Por Luciana Zaramela | 10 de Novembro de 2016 às 22h46
A Oculus quer tornar o seu headset de realidade virtual (VR), o Rift VR, disponível para todo mundo — até para quem tem um computador não tão monstruoso, com configurações um pouco mais "modestas" que, antes, não suportariam uma pulga em realidade virtual, sem engasgos ou repiques. A empresa acaba de anunciar uma nova tecnologia que vai tornar o aparelho compatível com máquinas mais, digamos, "simples".
Antes, quem quisesse jogar com o Rift teria que ter cacife suficiente para rodar games a 90 quadros por segundo, ou seja, um computador bem parrudo, com memória RAM, processador e GPU suficientes para parear com o headset. Mas graças a técnicas de interpolação de quadros, a empresa conseguiu fazer com que sua tecnologia de "dobras espaciais assíncronas" (sim, o nome é este mesmo) entregue uma experiência de jogo quase tão lisa e leve quanto a anterior, porém, rodando a apenas 45 quadros por segundo.
Se você tem um computador com hardware "ok", e conseguir o equipamento para conectar o Rift, é possível que tudo dê certo para você em aspectos de VR. Basta comparar os requisitos que a companhia exigia antes da tecnologia e depois dela:
Antes:
- GPU Nvidia GTX 970 ou Radeon 290
Depois:
- GPU Nvidia série 900 ou 1000 (incluindo a GTX 960)
- Placa AMD RX 400
Tudo bem que as placas relatadas como mais simples ainda são placas modernas, mas que têm mais saída em computadores, digamos, comuns, voltados à jogatina normal. Quem é gamer sabe que não é qualquer PC, mesmo relativamente moderno, que suportaria jogos incrementados em 3D — muito menos em realidade virtual.
Mas vale dizer que com essa manobra a Oculus não está substituindo completamente um equipamento decente, com mais poder de fogo, por um mais simples ou "não-tão-cool" assim. A ideia vem como uma maneira de mostrar a mais usuários como o sistema de realidade virtual funciona, espalhando a novidade também para quem, agora, não está disposto a gastar rios de dinheiro com uma GPU ou mesmo um computador novo (mais o headset).
Aliás, a tecnologia é assim: você compra um PC ou um hardware parrudo hoje, ele já fica desatualizado amanhã. Portanto isso significa que a Oculus sempre vai estar atualizando sua "dobra espacial assíncrona" com o passar dos anos. Quem precisa estar de acordo e alinhar as especificações com a novidade são os desenvolvedores de games, que agora terão de certificar se seus jogos rodarão bem com metade da taxa de quadros sugerida antes da tecnologia.
Avatares
A Oculus também trouxe uma novidade no campo dos avatares para quem usa o Rift. A partir de 6 de dezembro, os usuários poderão criar personagens para ilustrar seus perfis, e nesta mesma data a empresa também vai lançar seus novos controles Touch.
Os avatares serão uma representação de cada jogador no espaço virtual, e com a novidade do mês que vem, os desenvolvedores também poderão integrá-los aos jogos.
Com informações do Engadget