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Rede neural de reconhecimento facial aprende a identificar criminosos

Por| 28 de Novembro de 2016 às 14h29

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Rede neural de reconhecimento facial aprende a identificar criminosos
Rede neural de reconhecimento facial aprende a identificar criminosos

Pesquisadores da Universidade Jiao Tong de Xangai, na China, desenvolveram uma rede neural de reconhecimento facial que conseguiu identificar criminosos ao simplesmente olhar para seus rostos. Os resultados foram divulgados pela revista MIT Technology Review, publicação do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts).

Para isso, Xiaolin Wu e Xi Zhang usaram algoritmos de visão computacional para examinar uma série de fotos dos rostos de criminosos e não criminosos para descobrir se a rede neural era confiável ou não. O método envolveu abastecer a rede neural com um total de 1856 fotos de documentos de homens chineses com idades entre 18 e 56 anos, sendo que metade deles apresentava um passado de crimes.

Os pesquisadores então usaram apenas 90% das fotos para treinar a inteligência artificial a reconhecer as diferenças entre dois grupos e usaram os 10% remanescentes para testes. E deu certo. Segundo eles, o resultado foi impressionante tendo em vista que a tecnologia conseguiu uma taxa de 89,5% de acerto.

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A publicação do MIT observa que há três traços faciais que definem a rede neural incorporada para fazer suas classificações e que em comparação com não-criminosos, criminosos tendem a exibir uma variação muito maior entre os traços faciais. São eles: a curvatura do lábio superior, que é em média 23% maior, a distância entre dois cantos internos dos olhos, que é 6% menor e o ângulo entre duas linhas desenhadas a partir da ponta do nariz para os cantos da boca, que é 20% menor.

“Em outras palavras, os rostos de pessoas inocentes possuem um maior grau de semelhança comparados com os rostos de criminosos ou criminosos possuem um grau maior de dessemelhança do que pessoas normais”, explicaram Xiaolin e Xi.

Eles passam a traçar a variação nos dados de faces criminosas e não-criminosas em um espaço de parâmetro simplificado chamado um colector. E esse processo revela por que a diferença tem sido difícil de definir.

Embora controverso, esse resultado não é inteiramente inesperado. Se os seres humanos podem detectar os criminosos ao olhar para seus rostos, como psicólogos descobriram em 2011, não deve ser nenhuma surpresa que as máquinas podem fazê-lo, também. A preocupação, é claro, é como os seres humanos podem usar essas máquinas.

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Fonte: MIT Technology Review