Samsung Electronics confirma que está planejando se dividir em duas
Por Jones Oliveira | 29 de Novembro de 2016 às 07h58
A Samsung Electronics confirmou nesta terça-feira (29) que está planejando se dividir em duas. A estratégia tem como finalidade aumentar o valor de mercado da companhia.
O anúncio dos planos ocorre após reunião da diretoria para deliberar sobre uma sugestão feita pela empresa de fundo de cobertura Elliott Management, contratada para indicar meios de a sul-coreana aumentar o valor de suas ações. A consultoria concluiu que a melhor forma de alcançar tal objetivo seria separar os negócios da fabricante de eletrônicos em duas empresas: uma de holding e outra operacional.
Agora que a Samsung confirmou que realmente está considerando uma reestruturação, o próximo passo inclui um período de pelo menos seis meses de análises das opções que a companhia tem antes de bater o martelo e partir numa jornada sem volta.
"Após a reestruturação, a expectativa é que consigamos distinguir melhor os 'proprietários' de facto do grupo do restante dos acionistas", explica o analista da Stanford C. Bernstein & Company, Mark Newman, ao New York Times. "Assim, também podemos esperar por mais medidas favoráveis aos acionistas".
A Elliott já vinha aconselhando a Samsung a adotar tal estratégia há algum tempo, mas sua sugestão ganhou força depois de a empresa amargar duas grandes derrotas. A primeira delas foi o fiasco do Galaxy Note7. Extremamente problemático, o phablet que deveria ser o carro-chefe da empresa neste segundo semestre do ano acabou sendo descontinuado dois meses após chegar às prateleiras.
A segunda derrota foi uma consequência direta da primeira: obrigada a fazer dois recalls do Galaxy Note7 e gastando mais do que estava arrecadando, a divisão mobile viu seus lucros sucumbirem de US$ 19,8 bilhões para míseros US$ 87,8 milhões no terceiro trimestre.
A má propaganda, claro, fez as ações da empresa despencarem. E, segundo a Elliott, a melhor forma de fazê-las crescer consistentemente seria a cisão e reestruturação dos negócios.
Fonte: The New York Times