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Intel e AMD podem unir forças para combater avanço da Nvidia

Por| 07 de Dezembro de 2016 às 08h31

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Intel e AMD podem unir forças para combater avanço da Nvidia
Intel e AMD podem unir forças para combater avanço da Nvidia
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Pentium ou Am486? Pentium II ou K6? Essas não só eram perguntas que pairavam a cabeça de quem queria comprar um computador na década de 1990 como também revelam que a rivalidade entre Intel e AMD vem de longa data. Só que parece que essa briga está prestes a acabar, já que as empresas estão considerando unir forças para combater um inimigo em comum: a Nvidia.

O rumor foi ventilado pelo editor do HardOCP, Kyle Bennett, nesta semana. De acordo com o jornalista, as empresas já teriam celebrado um contrato que prevê a adoção de GPUs da AMD pela Intel. Não detalhes sobre os motivos que levaram as companhias a assinarem o acordo de trégua, mas analistas veem a união como oportuna, sobretudo devido ao avanço da Nvidia no mercado de GPUs.

Em coluna escrita para a Forbes, o analista da Tirias Research, Kevin Krewell, teorizou duas possibilidades que podem ter levado ao estabelecimento do acordo entre AMD e Intel. A primeira delas é que a Intel precisa de proteção por patente. Até 2009 os chips processadores da empresa vinham com chips gráficos da nForce embutidos, mas desistiu do negócio e foi processada pela Nvidia. Depois de muito vai e vem nos tribunais, ficou acertado que a Nvidia aceitaria abandonar o barco, mas com uma condição: que a Intel pagasse US$ 1,5 bilhão em multa.

A última parcela dessa multa foi paga em janeiro deste ano e agora a Intel está buscando proteger seus núcleos gráficos com patentes. E, como esse é um segmento da indústria dominado pela AMD e pela Nvidia, faria mais sentido fechar uma parceria com a primeira ao invés de pagar por licenças individuais para fabricar sua própria GPU.

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O segundo cenário teorizado por Krewell é bem mais interessante e faz a união das empresas parecer uma tropa de choque para combater a Nvidia. Neste caso, a Intel não investiria em sua própria GPU, mas abraçaria de vez as GPUs Radeon, que passariam a vir embutidas em seus chips. "A Radeon se tornaria a arquitetura dominante no mercado de PCs e desbancaria os chips da Nvidia", opinou o analista.

Ele também destaca que esse segundo tipo de acordo traria mais fluxo de caixa para a AMD, cujas contas não vêm bem há um bom tempo. "A quantidade de dinheiro extra que a AMD poderia fazer com royalties seria extremamente atraente para os acionistas".

Por mais que o consumidor ache essa associação esquisita, ela faz muito sentido para o mercado. A Intel, por exemplo, cada vez mais enxerga a Nvidia como uma rival em potencial, principalmente porque a fabricante de placas de vídeo vem investindo forte em área como veículos autônomos, aprendizado de máquina e inteligência artificial. A AMD, por sua vez, teria a primeira chance real de tornar sua tecnologia competitiva e talvez até mesmo liderar o mercado de GPUs.

Se tudo isso irá se concretizar, ninguém sabe. Embora o editor do HardOCP tenha dito que o contrato já foi assinado, AMD e Intel se negaram a comentar o assunto.

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Fonte: PC World, HardOCP, Forbes