Alibaba move seu primeiro processo contra vendedores de produtos pirateados
Por Rafael Romer | 09 de Janeiro de 2017 às 13h19
A gigante chinesa do e-commerce Alibaba está movendo seu primeiro processo legal contra vendedores de produtos falsificados em sua plataforma Taobao, anunciou a empresa nesta segunda-feira (09) através de um comunicado.
O processo está sendo movido no distrito de Longgang, em Shenzhen, contra Liu Huajun e Wang Shenyi, responsáveis por vendas de relógios piratas da marca austríaca Swarovski. Acusando os comerciantes de "violação de contrato", a empresa pede 1,4 milhões de yuans (ou aproximadamente R$ 650 mil) em compensações.
"A venda de produtos falsificados não só viola nossos termos de serviço, mas também viola o direito a propriedade intelectual da marca, coloca produtos de qualidade inferior nas mãos dos consumidores e arruína a confiança e a reputação que a Alibaba ganhou junto aos nossos clientes", afirmou o diretor de governança do Alibaba Group, Jessie Zheng.
No processo, o grupo afirma ter usado ferramentas de Big Data e a análise de dados sobre as vendas de produtos falsificados na região de Shenzhen para identificar os vendedores piratas em sua plataforma. Em seguida, a companhia enviou relógios duas lojas à Swarovski para análise, o que confirmou sua origem pirata.
A Alibaba afirma ter hoje mais de 2 mil funcionários e 5 mil voluntários dedicados a combater a venda de produtos piratas em suas plataformas de e-commerce.
Os esforços da companhia foram particularmente intensificados a partir de 2015, quando o grupo investiu cerca de US$ 21 milhões (R$ 65 milhões) no combate à pirataria. No mesmo ano, o Kering Group, responsável por marcas como Gucci, Bottega Veneta e and Yves Saint Laurent, moveu um processo contra o grupo chinês por permitir a venda de produtos falsificados a consumidores norte-americanos.
Fonte: ZDNet