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Rússia estende visto de permanência de Snowden por "mais alguns anos"

Por| 18 de Janeiro de 2017 às 15h33

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Reprodução/The Guardian
Reprodução/The Guardian

A Rússia confirmou nesta terça-feira (17) que estenderá o visto de permanência do ex-analista da Agência Nacional de Segurança (NSA) americana, Edward Snowden, por "mais alguns anos".

A informação foi divulgada por Maria Zakharova, diretora de comunicação do Ministério de Relações Exteriores do país. Não fosse a nova extensão, o asilo de Snowden terminaria em julho deste ano.

Com mais "alguns anos" à sua disposição, Snowden poderia, em breve, se tornando um cidadão russo e ter asilo permanente, o que pode acontecer quando completar quatro anos de residência no país. Snowden deixou os Estados Unidos em maio de 2013, supostamente rumo à América do Sul, mas ficou "preso" na Rússia após seu país de origem ter cancelado seu passaporte no meio do trajeto.

A extensão da permanência de Snowden vem em um momento sensível das relações entre Rússia e Estados Unidos. O presidente eleito americano, Donald Trump, que assumirá seu cargo na Casa Branca na próxima sexta-feira (20), é considerado próximo do presidente russo, Vladimir Putin.

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Analistas já indicam a possibilidade de Putin extraditar Snowden como "um presente de inauguração" para Trump, que ganharia pontos junto aos cidadãos norte-americanos que consideram Snowden um traidor e junto às agências de inteligência do país – que já atribuíram à Rússia o hack de e-mails do partido democrata que favoreceu Trump nas urnas.

Outra possibilidade, no entanto, seria a Rússia usar Snowden como ferramenta de barganha junto ao novo presidente.

Desde que vazou documentos sigilosos que mostraram o tamanho da vigilância governamental promovida pela NSA, Snowden é considerado um fugitivo da Justiça nos Estados Unidos. O próprio ex-analista da NSA já afirmou que gostaria de voltar para seu país, desde que recebesse um julgamento "justo" – ou seja, perante um juri.

Ainda há tempo para mais uma reviravolta no caso, no entanto. Grupos ativistas continuam a pressionar o atual presidente Barack Obama para que perdoe Snowden antes de deixar seu posto. Como um de seus últimos atos como presidente do país, Obama comutou ontem a pena de 35 anos de Chelsea Manning, ex-agente de inteligência do exército americano que vazou documentos militares para o WikiLeaks.

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Fonte: Tech Crunch