Publicidade

Uber diz estar trabalhando em mudança cultural após acusações de assédio sexual

Por| 23 de Março de 2017 às 09h28

Link copiado!

Uber diz estar trabalhando em mudança cultural após acusações de assédio sexual
Uber diz estar trabalhando em mudança cultural após acusações de assédio sexual
Tudo sobre Uber

A Uber organizou nesta terça-feira (21) uma reunião extraordinária para se defender das recentes acusações de sexismo, assédio sexual e estupro que vêm sofrendo e dizer que está tomando providências para mudar a cultura da empresa.

Arianna Huffington, membro do conselho da companhia, foi a responsável por conduzir a reunião e por falar em nome do CEO Travis Kalanick. De acordo com ela, a companhia assume total responsabilidade sobre o que foi classificado de "problemas culturais" e que está trabalhando em medidas para "consertar o que há de errado".

Recentemente a engenheira da computação Susan Fowler descreveu como foi trabalhar um ano na Uber e detalhou enfrentamentos de sexismo e assédio sexual que teria sofrido na empresa durante o período. Apesar de ter se reportado os problemas diretamente ao departamento de Recursos Humanos e a gestão superior, Fowler diz que ela e outras mulheres funcionárias da companhia foram ignoradas.

Além disso, no começo deste mês de março vazou um relatório interno que diz que a Uber recebeu milhares de reclamações de clientes em todo o mundo sobre casos de assédio sexual e estupro. Oficialmente, a empresa havia admitido apenas cinco alegações de estupro e 170 de assédio entre dezembro de 2012 e agosto de 2015 ao invés de milhares.

Continua após a publicidade

Esses e outros problemas, inclusive, levaram o presidente Jeff Jones a pedir demissão do posto no início desta semana, colocando a empresa em ainda mais apuros.

Para apagar o incêndio, a empresa convocou a reunião extraordinária desta terça-feira (21) numa tentativa de mostrar que as mulheres que lá trabalham estão satisfeitas e empenhadas em tomar o ambiente corporativa menos segregado e machista. Para tanto, Huffington e as demais executivas disseram que Kalanick teria lhes dado "carta branca" para resolver quaisquer problemas organizacionais ou de cultura que possam haver. E como exatamente isso será feito?

A diretora de Recursos Humanos Liane Hornsey disse já ter conduzido "mais de 100 entrevistas" com as funcionárias da Uber a fim de rastrear e estabelecer o que deve ser melhorado. Segundo a executiva, há uma clara necessidade de mais "diversidade e inclusão".

Continua após a publicidade

Ela também disse que a empresa reviu 1.500 ofertas de emprego e editou suas descrições para "garantir que estejam livres de qualquer tipo de discriminação". Agora, o foco da empresa é tornar a remuneração por desempenho "mais justa e igualitária" e ensinar seus funcionários o porquê de a diversidade ser importante.

Explicando a ausência do presidente executivo na reunião, Huffington disse que ele continuava a trabalhar na busca por um novo chefe de operações (COO) e garantiu que ela e outras executivas de alto escalão já haviam sido entrevistadas para o posto.

Fonte: TechCrunch