Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Anac adia novamente regulamentação para uso de drones no Brasil

Por| 10 de Abril de 2017 às 11h48

Link copiado!

Divulgação
Divulgação

Em discussão na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) há quase três anos, a regulamentação de drones para fins comerciais foi mais uma vez adiada. Por conta disso, empresários do setor de Vants (veículos aéreos não tripulados) anunciaram que farão ações para que a agência agilize as regras para o uso desses objetos no Brasil.

De acordo com Emerson Granemann, o apelo acontecerá durante a terceira edição da DroneShow Latin America, principal feira do mercado de drones no continente que acontecerá entre os dias 9 e 11 de maio. O executivo, que também é um dos idealizadores do evento, acredita que, a partir da liberação do órgão do governo, o setor será elevado a um novo patamar, já que os drones poderão operar com segurança jurídica. Granemann ainda destaca que a regulamentação permite a abertura de novas empresas e a geração de empregos.

"A demora na regulamentação prejudica também os usuários que buscam mais produtividade, rapidez e segurança em seus projetos. Um setor regulamentado permite valorizar as empresas e profissionais que atuam com seriedade frente iniciativas amadoras que geram produtos de baixa qualidade e que podem gerar riscos sérios de segurança", disse.

No Brasil, a regulamentação do setor aéreo é dividida pela Anac e pelo Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo). Por parte deste último, tudo o que poderia ser feito dentro de suas atribuições constitucionais já foi concluído; o que tem travado todo o processo é a liberação oficial da Anac.

Continua após a publicidade

Como devem ficar as leis

Na proposta da Anac há três classes de aeronaves. A Classe 1 incorpora as aeronaves com peso superior a 150 quilos, que terão de ser classificadas pela Anac e cadastradas no Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB). Será necessário que os pilotos possuam um certificado médico aeronáutico (CMA), licença e habilitação. Todos os voos deverão ser registrados
30 dias antes de cada voo.

As aeronaves presentes na Classe 2, por sua vez, terão peso entre 25 e 150 quilos e não precisarão ser certificadas. No entanto, os fabricantes precisam observar os requisitos técnicos exigidos e ter o projeto aprovado pela Agência. O registro no RAB também é obrigatório. Os pilotos também precisam ter o CMA, licença e habilitação e todos os voos devem ser registrados com antecedência de um mês.

Por fim, os drones com até 25 quilos serão incluídos na Classe 3. Caso operem a uma altura de até 120 metros e em linha visual, precisarão apenas ser cadastrados, dispensando tanto o CMA quanto os registros dos voos. Só serão necessárias a licença e a habilitação caso operem a uma altura superior a 120 metros. Além disso, as aeronaves só poderão ser utilizadas a uma distância mínima de 30 m das pessoas. Segundo a Anac, essa distância pode ser maior, desde que com a autorização ou com o envolvimento da pessoa na operação do equipamento. Já em áreas urbanas ou aglomerados rurais, as operações serão de no máximo 60 metros de altura.

Continua após a publicidade

Para os drones de todas as classes, será exigida uma cobertura de seguro caso aconteça um acidente que proporcione danos a terceiros, e todos os pilotos terão de ter idade mínima de 18 anos para comandar os Vants. Quem descumprir as determinações estará sujeito a multas, que poderão variar de R$ 800 a R$ 30 mil. A fiscalização ficará a cargo da própria Anac em parceria com órgãos de segurança pública.

Fonte: B!T Magazine, com informações do G1