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Facebook está testando algoritmo para prevenir suicídios

Por| 09 de Maio de 2017 às 09h53

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O Facebook está levando muito a sério a recente onda de suicídios transmitidos ao vivo em sua plataforma e anunciou os testes de um sistema que pode ajudar a detectar quando um usuário estiver apresentando comportamentos desse tipo. A empresa está trabalhando ao lado de serviços de apoio, que terão suas mensagens, links e contatos exibidos caso seja necessário.

A empresa não deu detalhes sobre a iniciativa nem disse de que maneira ela vai funcionar, mas psicólogos também estão envolvidos nos experimentos. A ideia é que o algoritmo funcione mesmo sem a denúncia de um outro usuário, identificando padrões de comportamento e postagens que possam levar a uma tentativa de tirar a própria vida. Também não há previsão de quando, nem se, o sistema será aplicado a todos os utilizadores ao redor do mundo.

Sob muitas críticas devido à ausência de moderação e ao fato de transmissões ao vivo e vídeos de suicídio terem permanecido no ar por diversas horas, o Facebook também anunciou recentemente a contratação de três mil novos funcionários para seu time de moderação. A ideia é levar as denúncias relacionadas a abusos e atentados de forma mais séria, além de dar uma resposta mais veloz para os casos relatados por seus usuários.

Entretanto, o CEO da rede social, Mark Zuckerberg, também citou o outro lado dessa questão, contando a história de como, em pelo menos duas situações, a permanência de vídeos no ar ajudou a salvar vidas. Em um caso, autoridades conseguiram entrar em contato com o suicida a partir da própria transmissão ao vivo, convencendo-o a procurar ajuda e desistir da ideia de tirar a própria vida.

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Em outro caso, na cidade de Bibb, no estado americano da Geórgia, uma garota foi encontrada ainda viva após uma tentativa de suicídio transmitida ao vivo. Ela havia tomado remédios e colocado um saco sobre a cabeça, exibindo tudo para sua rede de amigos. Um deles, entretanto, era primo do xerife local, o que ajudou a salvar a vida da usuária.

Após contato com a escola em que a jovem estudava, ela foi localizada em casa, já inconsciente, mas ainda com pulsação. Socorrida, a adolescente foi levada ao hospital e está em recuperação, devendo sair sem sequelas. As autoridades locais consideraram o Facebook uma ferramenta fundamental para que o auxílio pudesse ser feito de forma imediata, efetivamente salvando vidas.

Para a rede social, então, trata-se de encontrar um balanço entre a necessidade de investigar tais casos e ajudar as vítimas, ao mesmo tempo em que não se pode permitir que a plataforma se transforme em um show de horrores. No caso da Geórgia, a transmissão ao vivo era fechada apenas para os amigos da adolescente, o que ajudou nesse sentido. Mas como configurações desse tipo estão nas mãos dos usuários, a empresa ainda precisa achar uma maneira de lidar com isso.

Fonte: Gadgets Now