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Anonymous invade sistemas e divulga banco de dados da JBS

Por| 22 de Maio de 2017 às 09h35

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Hackers do grupo ativista Anonymous confirmaram uma invasão aos sistemas da JBS, brasileira que é uma das maiores empresas do mundo no ramo alimentício. O ataque envolve a obtenção de senhas e a criação de usuários dentro do banco de dados da companhia, que vão servir para monitoramento de acessos a arquivos e navegação local.

Para comprovar o acesso, o Anonymous publicou na internet uma lista de bancos de dados disponíveis nos sistemas da JBS e outra com suas etiquetas de produção – algumas, inclusive, teriam sido alteradas pelo grupo. Em manifesto, o grupo se refere à empresa como “uma corja de ladrões, corruptos (...) que estão acabando com nosso povo e nosso país”.

No texto, ainda, tentam tranquilizar os funcionários da companhia, afirmando que não existe problema algum com eles, e desafiam as autoridades. “Não vamos sossegar. Vocês podem pegar um, dois, três, quatro de nós, mais (sic) nunca conseguiram (sic) deter a todos”, termina o grupo, antes de apresentar uma sequência de informações sobre o banco de dados que comprova a invasão.

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Apesar da revelação, dados de executivos ou usuários dos sistemas não foram vazados, nem senhas ou outras informações confidenciais. No passado, entretanto, o Anonymous já realizou ações semelhantes, revelando uma lista de e-mails relacionadas à Odebrecht, por exemplo, bem como invadindo os sistemas da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) em protesto contra a iminência da imposição de franquias na banda larga doméstica.

A JBS, que é dona da Friboi, Seara, Swift e outras marcas, se tornou o centro de uma grande crise política na última semana. Em delação premiada, Joesley Batista, dono da companhia, revelou suas relações com o governo, que incluem mais de R$ 500 milhões em doações a políticos ao longo dos últimos 15 anos e gravações do presidente Michel Temer negociando o pagamento de propina ao ex-deputado Eduardo Cunha. Outros nomes, como Aécio Neves, Fernando Pimentel, Cid Gomes e Gilberto Kassab – bem como os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff – também foram citados.