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Análise | ASUS Zenbook 14 aposta no design e na portabilidade

Por| 25 de Junho de 2019 às 19h00

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Na hora de comprar um notebook novo, muita gente leva em consideração apenas a configuração — o que não é mandatório. Afinal, será mesmo que, quanto mais poderosos o processador e a placa de vídeo, melhor? Isso é o que explica o sucesso dos modelos gamers mais recentes, porém, ainda há um segmento pouco explorado: modelos voltados para a produtividade, com altíssima portabilidade e com configuração mais modesta.

Este é o caso do Zenbook 14 da ASUS, que aposta em design, ergonomia e configuração balanceada. De quebra, um modelo que vem com alguns diferenciais interessantes para conquistar o consumidor. E vamos conhecê-lo nas próximas linhas.

Design e construção

“Design” é o que não falta no Zenbook 14, ponto que a ASUS raramente decepciona nos Zenbooks, de forma geral, e aqui não é diferente. Se tivéssemos que escolher um candidato a concorrente dos MacBooks mais finos, certamente seria ele. A tampa é de alumínio, o que dá um toque “elegante” ao modelo, mas o corpo é de plástico. O resultado é bom, já que há uma harmonia de cores no conjunto.

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  • Dimensões: 319 x 199 x 15.9 mm;
  • Peso: 1.19 kg;

Mais do que beleza, o Zenbook 14 possui uma dobradiça que levanta um pouco a parte de trás, melhorando a ergonomia na hora de usar a máquina. Isso também ajuda na refrigeração da máquina, já que libera as entradas de ar para facilitar o fluxo. Aliás, por falar em ergonomia, estamos falando de um notebook com apenas 1,2 kg, ideal para usar em qualquer lugar.

Não sentimos falta de conexões aqui. Temos uma porta HDMI, uma USB tipo C e outra USB 3.1 (até 10 Gbps) do lado esquerdo e entradas para cartão microSD, USB 2.0 e conector de fones de ouvido do lado direito. O cabo de energia se conecta do lado esquerdo e é proprietário da Asus, o que é uma pena. Um produto desse porte certamente mereceria um carregador para a entrada USB tipo C, e a que temos disponível aqui não possui essa função.

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De qualquer forma, esse design todo não tem nada de frágil. Pode até não parecer, mas o Zenbook 14 vem com a certificação MIL-STD-810G, garantindo o seu bom funcionamento em condições mais severas de temperatura e umidade. Além de, claro, aguentar pancadas como um campeão, sendo uma boa notícia para quem busca uma máquina para durar por anos a fio e aguentar "estrada".

Tela

Um dos principais destaques do Zenbook 14 é o aproveitamento da área frontal de tela, que chega a 92% do total. Na prática, isso se traduz em uma tela de 14 polegadas em um corpo de 13 polegadas. Isso sem comprometer o conforto do teclado, como veremos adiante.

Basicamente, é um notebook que está seguindo a mesma tendência dos smartphones, resultando em uma maior imersão durante o uso.

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A ASUS chama esse conjunto de NanoEdge, um nome bonito para indicar o grande aproveitamento de tela frontal. Além de IPS, consegue reproduzir até 72% do padrão NTSC, significando uma precisão de cores bastante acima da média. Isso com resolução Full HD (1920 x 1080), o que oferece uma boa densidade de pixels para uma tela de 14 polegadas.

Até chegamos a nos questionar se uma tela 2K cairia melhoria aqui, considerando o porte do notebook, mas depois descartamos essa hipótese. O ganho de qualidade não seria tão alto, além de sacrificar a autonomia de bateria que, como veremos, não é tudo isso que a ASUS promete.

Teclado e touchpad

Como dissemos, o foco do Zenbook 14 é a produtividade, o que coloca uma responsabilidade e tanto sobre o teclado. Afinal, a proposta é oferecer uma experiência confortável durante horas de trabalho, o que é plenamente atendido pelo teclado estilo chiclete utilizado aqui.

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As teclas são macias e trazem o curso apropriado para quem prefere teclas de baixo perfil. Não são barulhentas a ponto de incomodar o colega de mesa ao lado, ao mesmo tempo em que oferecem o feedback sonoro apropriado. E, claro, como estamos falando de um produto mais sofisticado, são retroiluminadas com até três níveis de brilho.

E não podemos deixar de falar do touchpad com um teclado numérico embutido. É isso mesmo: ao pressionarmos um botão, ele se transforma em um teclado numérico (é iluminado, ainda por cima!). Uma sacada e tanto da ASUS para oferecer esse recurso sem comprometer o design do Zenbook 14, já que colocar um numpad físico no modelo é pouco prático.

Ainda assim, é importante dizer que se trata de uma boa ideia, o que não necessariamente quer dizer que seja prático para o dia a dia. Pode ser uma questão de costume, mas esse teclado não se mostrou útil como nos pareceu em um primeiro momento, mesmo quando precisamos digitar sequências numéricas. De qualquer forma, é bom saber que ele está lá. E vale destacar que ele não alterna entre touchpad e teclado numérico: quando ativo, funciona como ambos sem erros.

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Configuração e desempenho

A configuração do Zenbook 14 não decepciona. Temos um processador Intel Core i7 quad-core (de baixa voltagem) com 8 GB de memória RAM e gráficos integrados. O suficiente para uma excelente experiência de uso de forma geral, ainda que fique devendo um pouco em processamento gráfico. O que não chega a ser um problema, já que a proposta dele é produtividade, ainda que uma placa de vídeo dedicada, mesmo que básica, fosse bem-vinda.

  • Processador: Intel Core i7-8565U (Baixa voltagem, quad-core) rodando a 1.8 GHz (Turbo Boost até 4.1 GHz com Hyperthreading);
  • Memória: 8 GB LPDDR3 rodando a 2133 GHz em dois canais;
  • Gráficos integrados: Intel UHD 620;
  • Armazenamento: 256/512 GB PCIe 3.0 x2;

Estamos falando de um processador da Intel de oitava geração, quando a empresa dobrou a quantidade de núcleos (e threads) das versões ULV. Atualização para lá de bem-vinda, já que é um processador competente e econômico. Os 8 GB de memória RAM são LPDDR3, mas trazem a confortável frequência de 2133 MHz em dois canais.

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Já o armazenamento se destaca pela velocidade. Temos um SSD PCIe com 256 GB de capacidade digno de nota. Mostra números surpreendentes, chegando a 1.46 GB/s de velocidade de escrita e 2.87 GB/s de leitura. O resultado é uma inicialização rápida, ainda mais se você usar o Windows Hello, e um sistema com energia para executar qualquer tarefa.

No fim das contas, temos um notebook bastante equilibrado. Não há grandes destaques, mas o conjunto trabalha muito bem, ainda que, como dissemos, deva um pouco no desempenho gráfico. Certamente, porém, é um sistema mais responsivo do que muitas máquinas inquestionavelmente mais potentes, mostrando a capacidade dos SSDs de oferecer uma excelente experiência de uso.

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Sistema de som

Notebooks mais finos raramente possuem um sistema de som digno de nota, já que as limitações físicas dificultam bastante. Não é o caso aqui. O Zenbook 14 é capaz de competir com modelos bem maiores, até mesmo aqueles que trazem subwoofer. O áudio é trabalhado, com graves bem acima do que esperávamos, além de médios e agudos excelentes para quem gosta de escutar músicas sem fones de ouvido.

Não chega a ser uma surpresa: o áudio aqui é resultado de uma parceria entre a ASUS (SonicMaster) e a Harman Kardon. O que é bom nas caixas de som é ainda melhor com fones de ouvido. Há uma entrada P2 na lateral direita com um amplificador até interessante, dando vida em fones de ouvido com maior impedância. No fim das contas, temos pouco o que criticar aqui.

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Câmera 3D

Capítulo rápido. O Zenbook 14 vem com uma câmera um pouco mais sofisticiada do que estamos acostumados. Tem apenas 1.0 megapixel de resolução, mas a imagens são até decentes em uma sala bem iluminada. E, se não está bem iluminada, destrava a tela mesmo assim, já que possui sensores infravermelhos que detectam o rosto com mais precisão do que imaginávamos.

Então basta configurar o Windows Hello, o que é bastante rápido, e se acostumar a nunca mais ter que digitar senha ou PIN novamente.

Bateria e refrigeração

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A presença de uma bateria de 50 Wh é até surpreendente, considerando as dimensões enxutas do Zenbook 14. Segundo a ASUS, isso se traduz em até 13 horas de bateria, ainda que sob condições ideais.

Em nossos testes alcançamos médias de 6 a 7 horas de uso contínuo com pesquisas diversas e streaming de vídeos aqui e ali, valor que pode subir para aproximadamente 8 horas e meia com um brilho de tela menor. Sim, é um valor distante das “horas platônicas” anunciadas pela ASUS, ainda que não seja uma autonomia ruim.

Executamos alguns benchmarks aqui e ali para ver como o Zenbook 14 se comportava sob condições mais agressivas de uso. Imaginávamos que ele fosse “gritar”, já que conta com um único cooler, mas ele se comportou melhor do que esperávamos. Há um controle inteligente de temperatura, distribuindo o excesso de calor pela estrutura, mas sem chegar a incomodar. Nesse ponto ele é muito parecido com os MacBooks Air mais recentes.

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Conclusão

Recebemos o Zenbook 14 para análise antes do seu lançamento oficial no Brasil. Na Amazon americana, ele pode ser encontrado por aproximadamente US$ 900 com 512 GB de armazenamento, o que se significa aproximadamente R$ 3.800 em uma conversão direta. Um preço, aliás, que faz sentido quando comparado a produtos com a mesma proposta, além de ser competitivo em relação aos MacBooks de entrada.

Comparamos os preços em território americano pois analisamos o notebook sem saber o preço oficial de lançamento por aqui. Além da conversão monetária, temos que levar impostos e burocracias diversas em consideração, e não ficaríamos surpresos se ele chegasse por aproximadamente R$ 6.500 na versão que testamos.

Vale a pena? É um valor alto, de fato, sendo possível adquirir um notebook gamer com boa configuração por menos. Mas esta não é a proposta do Zenbook 14, e sim oferecer um desempenho competente com portabilidade e autonomia de bateria. Considerando seu design, o preço não está tão longe de concorrentes com propostas semelhantes, mas ainda assim é alto. E claro: estamos especulando aqui, já que não sabemos o preço oficial.

No fim das contas, gostamos da experiência pelo Zenbook 14, e o seu sucesso depende da política de preços da ASUS quando ele chegar por aqui. Ele é a definição de Ultrabook (lembram dos Ultrabooks?) criada pela Intel anos atrás, materializado da forma correta. Mas será competitivo? Vamos esperar para ver.