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Análise | LG K12 Max, o smartphone artificialmente inteligente

Por| 14 de Agosto de 2019 às 18h00

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Análise | LG K12 Max, o smartphone artificialmente inteligente
Análise | LG K12 Max, o smartphone artificialmente inteligente

Transitando entre os segmentos básico e intermediário, o K12 Max da LG coloca todas as suas fichas em um ponto: inteligência artificial. Um conceito que está bastante em voga, diga-se de passagem, e aqui ele é aplicado tanto na câmera traseira dupla quanto na bateria. Mas o que isso significa, na prática? Será que isso é capaz de torná-lo mais interessante em relação aos concorrentes? Vamos ver tudo isso neste review.

Tela e estrutura

O notch parece ter chegado para ficar no LG K12 Max. Aqui ele é bem diminuto, em formato de gota, abarcando apenas a câmera frontal simples. De qualquer forma, temos um bom aproveitamento frontal aqui, o que é reforçado pela área na cor preta ao redor da tela. Um “truque” (no bom sentido) para aumentar a sensação de aproveitamento de tela, que parece ser maior do que é de fato.

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Tanto a borda quanto a parte traseira usam uma cor azul metálica, sendo plástico nas bordas e vidro na parte traseira. Temos um pequeno microfone na parte de cima, o botão de energia na borda direita e uma caixa de som, entrada para carregador (micro USB), outro microfone e saída para fones de ouvido na parte de baixo. Do lado esquerdo temos duas gavetas, uma para chip + cartão micro SD e outra para o chip secundário, um botão para o Google Assistente (falamos mais sobre isso adiante) e os controles de volume.

O sensor de impressões digitais fica na parte traseira em baixo relevo, abaixo da câmera dupla, esta em alto relevo. No geral temos um aparelho bastante equilibrado que não dá a impressão de ser “barato”. A própria estrutura faz dele um “ímã de digitais”, mas nada que uma capa de proteção não resolva, oferecendo uma camada protetiva extra para o já resistente K12 Max, já que ele conta com a certificação MIL-STD-810G.

A tela usa tecnologia IPS e resolução HD+ (720 x 1500), dentro do que esperávamos em um smartphone nessa categoria. É o famoso caso de “não impressiona, mas não decepciona”, sendo perfeitamente capaz de atender à maioria dos usuários que buscam um modelo mais acessível.

Desempenho

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Temos um kit básico e competente aqui. O chip é o Helio P22 da MediaTek (MT6762), que vem com 8 núcleos rodando a 2.0 GHz baseados no Cortex-A53, com 3 GB de memória RAM. É o equivalente ao Snapdragon 625 da Qualcomm, tanto em desempenho quanto em idade, com aproximadamente 2 anos de lançamento. Os gráficos ficam por conta da PowerVR GE8320, de 2014, que tem um desempenho similar à Adreno 506.

Na prática, isso se traduz em um desempenho competente, ainda que seja uma configuração que comece a engasgar com um multitarefa mais intenso ou algum jogo um pouco mais exigente. Um resultado natural, considerando o segmento do aparelho, mas é uma configuração perfeitamente capaz de rodar jogos mais leves e aplicativos mais simples, como apps de mensagens e redes sociais.

São 32 GB de memória interna, uma das diferenças entre o K12 Max em relação K12 Prime, que vem com 64 GB. Ambos suportam cartões microSD até 2 TB (não, eles não existem ainda), e provavelmente você acabará precisando de um depois de alguns meses de uso, já que sobra um pouco mais de 15 GB para os arquivos e aplicativos dos usuários.

O Android de fábrica é o 9.0 Pie com a LG UX sem gavetas de aplicativos. Ela pesa um pouco sobre a configuração, mas sem lentidões excessivas e sem incomodar os usuários que não gostam de uma interface muito carregada. Mas temos que destacar um ponto que nos incomodou: quando clicamos no botão de energia, a tela demora um tempo considerável para ligar, o que provavelmente se deve ao peso da interface.

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Qualidade de câmera

Vamos primeiro às especificações. Temos um par de câmeras traseiras, uma com 13 megapixels (f/2.2) e outra com 2 megapixels (f/2.4), que atua como sensor de profundidade. A frontal tem 13 megapixels (f/2.0) e filma em Full HD (1920 x 1080) assim como a traseira. Um kit até interessante para o segmento básico, vale destacar. Veja algumas fotos que fizemos com o aparelho:

A LG foi bastante enfática em afirmar que essas câmeras possuem “inteligência artificial”. O que isso significa, na prática? Basicamente, um poderoso seletor de cenas, indo muito pouco além disso. Diversos smartphones trazem esse recurso, mas simplesmente não o chamam de “inteligência artificial”: apenas se esforçam em tirar as melhores fotos possíveis.

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Dito isso, como a câmera se comporta? Muito bem, na verdade. O pós processamento “adivinha” certas partes da imagem, mas o resultado é bom na maioria das situações, ainda mais por se tratar de um modelo básico. Algumas imagens perdem a textura, assim como as cores ficam mais saturadas do que deveriam, mas o comportamento da câmera é até muito bom, de forma geral.

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A câmera frontal é capaz de produzir selfies de qualidade, ainda que apanhe um pouco para desfocar o fundo. No fim das contas, é um conjunto competente e capaz de atender quem busca uma boa qualidade, ainda que coloquemos a ressalva de que muito do resultado final se deva ao pós-processamento.

Bateria, som e extras

Nem a bateria escapou das garras da “inteligência artificial”. E, assim como acontece com as câmeras, não é um termo exatamente preciso, mas apresenta resultados muito bons. Temos 3.500 mAh de capacidade combinados com um algoritmo que congela aplicativos em segundo plano quando estes estão há algum tempo sem uso. O resultado? Um dia inteiro de uso bastante confortável. Neste ponto, o K12 Max se destaca dentro do segmento.

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A qualidade de som é um outro ponto positivo, em especial com fones de ouvido. Desde que, claro, você utilize um mais sofisticado que o que vem na embalagem. O DTS: X 3D Surround realmente faz um bom trabalho, proporcionando uma imersão poderosa, o que se faz notar especialmente em filmes e séries.

O kit de conectividade é bastante avançado para o segmento, incluindo Wi-Fi ac, GLONASS e Bluetooth 5.0, mas não há NFC. Não podemos deixar de mencionar que o botão dedicado para o Google Assistente, abrindo-o automaticamente com um toque e oferecendo um resumo de atividades com dois toques. Função que buscamos quando trocamos de smartphones, depois que nos acostumamos a usar.

Conclusão: inteligência artificial?

Somos bastante críticos ao uso generalizado do termo “inteligência artificial”. Hoje em dia tudo, absolutamente tudo, tem inteligência artificial, de baterias de smartphones até roupas de cachorro. Em muitos casos trata-se de um algoritmo muito bem talhado que melhora alguma função específica segundo uma programação prévia (app sem uso por mais de 5 minutos → congelar), como parece ser caso do K12 Max aqui.

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Isso não altera a nossa conclusão, porém. O LG K12 Max é um modelo bastante equilibrado dentro do segmento básico, não decepcionando em nenhum aspecto. As câmeras, como dissemos, apresentaram um resultado melhor do que imaginávamos. Considerando, claro, que se trata de um modelo básico, o que nos faz questionar se o preço sugerido de R$ 1.299 seja adequado para ele.

O encontramos já por valores bem menores, naturalmente, o que o torna de fato mais competitivo. E vale destacar que o seu irmão mais caro, o K12 Prime, é basicamente um K12 Max com câmera tripla e 64 GB de memória interna (mantém os 3 GB de memória RAM). Ou seja, boa parte do que dissemos aqui vale também para ele, ainda que o preço de R$ 1.599 também seja o seu principal comprometimento.

Então, para resumir: ele vale a pena por ser um modelo básico que não deixa o usuário na mão. O preço... bom, poderia ser melhor.

Vantagens

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  • Câmera competitiva para o segmento;
  • Boa autonomia;
  • Tela de qualidade.

Desvantagens

  • Pouca memória interna disponível;
  • Preço pouco competitivo;
  • Tela demora para ligar após pressionar o botão.