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Análise | Motorola Moto Z4 (com Moto Snap 360)

Por| 20 de Agosto de 2019 às 21h30

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Análise | Motorola Moto Z4 (com Moto Snap 360)
Análise | Motorola Moto Z4 (com Moto Snap 360)

A linha Moto Z entrega o que há de melhor da Motorola após a compra desta pela Lenovo. Além disso, a linha se tornou famosa por ter aparelhos finos compatíveis com os Moto Snaps, que adicionam funcionalidades aos modelos. Até o Moto Z4, o consumidor podia contar com uma versão intermediária e pelo menos uma opção com um chip topo de linha, o que não aconteceu nesta geração. Pelo menos, não até o momento.

Compatibilidade com Moto Snaps e espessura reduzida continuam presentes aqui, mas há uma mudança significativa: o Moto Z4 é um aparelho mais “maduro”. Há apenas uma versão com chip intermediário, que oferece tela 1080p e apenas uma câmera traseira. Desanimador, não? É o que veremos nas próximas linhas.

Design e construção

Apesar da identidade visual comum da linha Moto Z, o Moto Z4 está mais “gordinho”. Agora conta com 7.4 mm, contra 6.8 mm do Moto Z3, 6.1 mm do Moto Z2 Force e 5.2 mm do Moto Z original. O que não é algo ruim: não oferece o choque inicial “Nossa, que aparelho fino”, mas está muito longe de ser um modelo grosso. E quem ganha com isso é o usuário, que conta agora com uma bateria maior, como veremos logo mais nesta análise.

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O Moto Z4 continua trazendo vidro frontal e traseiro com bordas de alumínio, uma receita testada e aprovada com o passar do tempo. Houve, naturalmente, polimentos gerais, como um maior aproveitamento da tela, que agora conta com 6.4 polegadas, contra 5.5 polegadas do Moto Z original. Isso aconteceu com a ajuda de dois fatores: notch minimalista para a câmera frontal e sensor de impressões digitais embutido na tela. O resultado? Quase 85% de aproveitamento frontal.

A caixa de som foi para a parte de cima, junto com um microfone e a gaveta única do chip SIM e cartão micro SD (ou segundo SIM). Na parte de baixo temos o conector USB tipo C, outro microfone e uma entrada para fones de ouvido. Os controle de volume e botão de energia ficam do lado direito, e não há nada na lateral esquerda.

Na parte de trás temos a câmera em alto relevo, algo bastante icônico na linha Moto Z. Ela conta com um “enfeite” até bacana, uma espécie de mosaico, que proporciona um efeito interessante quando reflete pontos de luz. Abaixo dela temos o logo da Motorola, com o conector dos Moto Snaps ficando na parte de baixo da traseira.

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No geral temos um refinamento visual aqui. O Moto Z4 se apresenta como um aparelho mais maduro, mas sem deixar o visual característico da linha. Chega como um aparelho mais “sóbrio”, por assim dizer, o que não ficou restrito ao visual. E claro, não podemos deixar de mencionar sua proteção P2i contra jatos de água e poeira.

Tela e sensor de impressões digitais

As primeiras versões do Moto Z (versões “não Play”)traziam tela Quad-HD (2560 x 1440), caindo para Full HD+ no Moto Z3 (2160 x 1080), estendendo para 2340 x 1080 no Moto Z4. Esse é um dos pontos mais criticados do Moto Z4 seus rumores começaram a circular. Visto como um modelo avançado, usar uma tela 1080p não parecia ser a melhor opção, já que os concorrentes trabalham com Quad-HD ou mesmo 4K.

A densidade de pixels continua superior a 400 PPP, sendo impossível observar os pixels individualmente. Além disso, a tecnologia é OLED, com pretos absolutos e cores vívidas e bastante saturadas. Uma tela difícil de colocar defeito, diga-se, mas que naturalmente não concorre com as presentes em modelos como OnePlus 7 Pro e P30 Pro. De qualquer forma, ela é capaz de atender até mesmo usuários mais exigentes, algo que temos que frisar.

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O Active Display continua ativo, agora mostrando o símbolo de uma impressão digital, já que agora o sensor está embutido na tela. Sensor que funciona na maioria dos casos, ainda que esteja distante da velocidade (e praticidade) do sensor de impressões digitais físicos, presentes nas versões anteriores. Trata-se de uma tendência, porém, e é bom ver o Moto Z4 já trazendo esse recurso, hoje ainda restrito ao segmento top de linha.

Configuração

Quando o Moto Z4 foi anunciado com o Snapdragon 675, muitos acreditaram se tratar de uma versão Play, mas não é o caso. O Moto Z4 vem de fato com esses chip, e apenas uma opção com 4 GB de memória RAM. Sim, trata-se de uma configuração intermediária. Competente, mas intermediária, com o Snapdragon 675 sendo capaz de oferecer um desempenho muito próximo do Snapdragon 835. Ou seja, basicamente o mesmo desempenho do Moto Z2 e Moto Z3.

Juntando esse chip com oas 128 GB de armazenamento interno, temos um smartphone capaz de executar praticamente qualquer tarefa sem grandes problemas. Jogos recentes mais pesados podem não rodar no máximo, mas são a exceção. E claro, temos o suporte para cartões micro SD de até 1 TB, compartilhando a gaveta do segundo chip SIM.

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O modelo que testamos estava recheado de apps da Amazon, como Alexa, Audible e Amazon Photos, e isso acontece pois, bom, adquirimos o modelo em uma Amazon americana. O Moto Z4 vem com outros apps pré-instalados, como o Instagram, mas no geral é uma instalação bastante limpa, com o Android praticamente puro. Claro, temos também os diferenciais da Motorola, como os gestos de câmera e lanterna.

Em resumo, temos a experiência típica de um intermediário mais atual. Seu chip não decepciona, e os 4 GB de memória RAM acabam limitando um multitarefa mais intenso, mas ele atende bem à grande maioria dos cenários. Se fosse um carro, atenderia bem à maioria dos consumidores, mas não poderia competir em uma pista de corrida. Esta é reservada para os possantes - os smartphones avançados, no caso - enquanto o Moto Z4 é voltado para cenários “comuns”.

Câmera

Pera, uma câmera só? É isso mesmo? Sim, temos apenas uma câmera traseira, diferentemente do par encontrado no Moto Z3 e no Moto Z2 Force. Um problemão, certo? De forma alguma: trata-se de um sensor de 48 megapixels com abertura f/1.7 e estabilização óptica e HDR automático capaz de tirar excelentes fotos na grande maioria das situações.

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Temos aqui o Quad Pixel, que usa 4 pixels para formar um com mais precisão, assim gerando uma foto de 12 megapixels com qualidade bastante acima da média. Experimentamos o Moto Z4 em diversas situações e não temos muito o que criticar, ainda que tenha ficado claro que ele não concorre com modelos top de linha. Nem é este o seu propósito, mas não decepciona quem está buscando um modelo intermediário de qualidade.

Os vídeos podem ser gravados em 4K (2160p) e clipes em 1080p@fps também são um destaque. A qualidade do vídeo, especificamente, cai perceptivelmente em condições de baixa luz, granulando trechos mais escuros. O mesmo acontece com os vídeos da câmera frontal, que é também pode ser utilizada como desbloqueio de tela, mesmo não contando com um sensor de profundidade ou câmera TOF 3D.

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Esta tem 25 megapixels, suporta HDR e também usa o Quad Pixel para gerar imagens de 6 megapixels com alta qualidade e é capaz de gravar vídeos em slow motion com até 240 fps. No caso, em 720p, dentro do que é esperado para a categoria.

Bateria e extras

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Outro ponto de “maturidade” aqui é a bateria. A linha Moto Z não é exatamente famosa por trazer baterias com grande capacidade, caso das primeiras gerações. Estas traziam menos de 3000 mAh, contra 3600 mAh do Moto Z4. O que é algo possibilitado, claro, pelo aumento da espessura, que trouxe de volta também a entrada para fones de ouvido. O que alguns poucos milímetros a mais podem oferecer de vantagem, não?

Não podemos esquecer do carregamento rápido, aqui com potência de 15 watts (déjà vu?), capaz de carregar a bateria em menos de duas horas. Temos também o kit de conectividade completo aqui, com Wifi ac, Bluetooth 5.0, NFC e rádio FM. Ou seja, não deixa o usuário na mão, sendo compatível com as principais tecnologias do mercado. O Moto Z4 continua com proteção contra respingos, como dissemos há pouco, e bem que mereceria uma resistência contra água de forma definitiva.

Snap 360 e outros

A linha Moto Z nasceu com o diferencial de suportar os Moto Snaps, o que continua válido no Moto Z4. Testamos o modelo que vem com o Moto 360, câmera capaz de tirar fotos e gravar vídeos em 360 graus. O resultado? Muito bom, até, em ambos os casos.

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O funcionamento continua similar, bastante posicionar o Moto Mod na parte traseira até ele fixar automaticamente. Tudo é muito transparente, com a câmera já reconhecendo o módulo em poucos segundos, que já fica disponível no software de câmera.

Todos os Mods continuam compatíveis, mas a grande novidade é que agora há um Mod que compatibiliza o Moto Z4 para funcionar com redes 5G. O aparelho em si é trabalha com 4G LTE, mas basta adicionar este Mod e utilizar em locais compatíveis com a rede. Não temos 5G no Brasil, pelo menos até a data de fechamento desta análise, mas é uma boa novidade por parte da Motorola, marcando o Moto Z4 como um modelo de transição.

Conclusão

O Moto Z4 chegou como um modelo intermediário um pouco mais avançado, agora com um posicionamento claro. A experiência que tivemos em nossos testes é a de uma mudança de postura, uma espécie de amadurecimento. Ele se apresenta como um modelo que busca oferecer uma experiência completa, sem grandes experimentos, e mira no consumidor que quer uma boa relação custo-benefício sem abrir mão de uma boa experiência.

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Por que dizemos “amadurecimento”? Menor preocupação em ser impressionantemente fino, oferecendo uma bateria com boa capacidade e a volta do conector de fones de ouvido, apenas uma câmera, só que suficiente para tirar fotos de qualidade, e sensor de impressões digitais embutido na tela, seguindo a tendência de mercado. Além disso, continua compatível com os Moto Mods, oferecendo a opção com 5G, mas não encarecendo o modelo colocando ela por padrão.

Ou seja, um modelo que, apesar de não ser barato, se propõe a oferecer a melhor experiência possível. Nada de tirar a saída P2 com a desculpa de ser mais fino. Nada de instalar 2 ou 3 câmeras básicas para “lacrar” em comparativos de ficha técnica. Nada de cobrar a mais pelo 5G sem que essa tecnologia ainda seja bastante restrita. E também nada de tentar ser um “modelo avançado de entrada”: o foco aqui é o segmento intermediário, focando na boa relação custo-benefício.

Testamos o Moto Z4 antes dele chegar ao Brasil. Encontramos ele na Amazon americana com preços próximos a US$ 500, cerca de R$ 2000 na cotação atual, incluindo o Moto Snap360 . Sabemos que a conversão não é direta, já que temos a tríade “custo Brasil + lucro Brasil + impostos” por aqui, mas é um modelo para lá de interessante se chegar com o preço justo por aqui.

Vantagens

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  • Volta dos fones de ouvido e bateria maior;
  • Tela de excelente qualidade;
  • Configuração competente, dentro do segmento intermediário;

Desvantagens

  • Uma opção com 6 GB daria uma sobrevida ao modelo;
  • Não encontramos uma opção mais acessível sem o Moto Snap360;
  • Sem fones de ouvido;