Volkswagen desacelera produção de Gol e Saveiro antes de carros morrerem
Por Paulo Amaral | Editado por Jones Oliveira | 27 de Janeiro de 2022 às 07h30
A falta de insumos e as mudanças necessárias para a produção de um novo modelo sobre a plataforma MQB levarão a Volkswagen a cortar o 2º turno de trabalho e adotar o sistema de lay-off (afastamento temporário, sem demissão) na fábrica de Taubaté, interior de São Paulo.
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As informações foram passadas por uma fonte da fabricante alemã ao Automotive Business e confirmadas pela reportagem do Canaltech junto à própria Volkswagen. Em comunicado, a companhia comentou a situação:
“Adotamos férias coletivas para dois turnos de produção na fábrica de Taubaté, de 4 de janeiro de 2022 com retorno previsto para 3 de fevereiro de 2022, em razão da escassez global no fornecimento de semicondutores e também para adequação da linha de produção para a implementação da plataforma MQB na unidade, para produção do projeto Polo Track. Nesta data mencionada, um turno retorna à produção e o outro turno entra em lay-off. O número de colaboradores envolvidos nós não informamos”, avisou a montadora.
Lay-off pode afastar 50% do quadro da Volkswagen
O número de colaboradores atingidos pelo lay-off, não confirmado pela Volkswagen, deverá ser expressivo. Segundo as fontes ouvidas junto ao Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, o afastamento temporário atingirá boa parte do quadro de aproximadamente 2 mil funcionários.
Como são necessários 1,2 mil colaboradores por turno, a ideia seria fazer um revezamento para manter o maior número possível de empregados. Além disso, o lay-off na planta de Taubaté não tem uma data definida para terminar. A paralisação pode durar entre 3 e 5 meses e, no pior cenário, se estender até o final de 2022.
A planta de Taubaté é a responsável pelas montagens de dois modelos que estão com os dias contados no Brasil: o Gol e o Voyage. A adequação da plataforma MQB se faz necessária para dar início à produção do novo hatch de entrada da linha, o Polo Track, que deve dar as caras no Brasil em 2023.
Com informações Automotive Business