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Nokia não terá celulares flagships nos próximos anos, afirma executivo

Por| Editado por Wallace Moté | 07 de Março de 2022 às 11h27

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Divulgação/Nokia
Divulgação/Nokia
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A HMD Global, companhia responsável pela produção de celulares Nokia, afirmou que a marca não terá modelos topo de linha nos próximos anos. A declaração foi feita pelo seu chefe de marketing de produtos Adam Ferguson, que ainda indicou o foco da marca nos smartphones de entrada e intermediários.

Ferguson afirmou que não faz sentido produzir um celular de 800 dólares (cerca de R$ 4.045 em conversão direta) neste momento, e ainda acrescentou que não quer entrar em uma grande batalha de especificações com outras companhias. Portanto, a marca pretende se destacar por "motivos muito diferentes", como o hardware que dura vários anos, bateria para vários dias e preços acessíveis, segundo palavras utilizadas pelo executivo.

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A posição da empresa não causa espanto, já que grande parte dos celulares lançados com a marca da Nokia nos últimos anos têm sido aqueles mais simples, com especificações menos agressivas e foco em usuários que desejam um celular mais básico, e sem pagar muito por isso.

HMD/Nokia em recuperação

A situação já é bastante diferente em comparação ao que era feito nos primeiros anos da HMD, em que a empresa tentava conquistar todos os mercados, com dispositivos que variavam entre os mais simples com Android One, até aqueles mais caros com grande foco em poder de processamento e qualidade (e quantidade) de câmeras, como é o caso do Nokia 9 Pureview de 2019, por exemplo.

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No final daquele ano, a companhia teria registrado reduções significativas de rendimentos, panorama que foi melhorando aos poucos — porém, ainda a um ritmo abaixo do esperado, principalmente por conta da pandemia de covid-19 que diminuiu as vendas de smartphones em quase todas as marcas.

Desde o terceiro trimestre de 2020, a empresa registrou seis períodos seguidos de lucros, com um aumento de 41% entre os anos de 2020 e 2021. Além disso, o último trimestre do ano passado foi um dos mais positivos para a marca até o momento, com um total de 3,2 milhões de unidades vendidas — aumento significativo em relação aos 2,8 milhões de aparelhos comercializados no final de 2019.

Mesmo assim, a história da HMD Global como produtora de dispositivos da Nokia é marcada por situações curiosas, como é o caso do recente banimento de vários dispositivos na Europa por conta de uma disputa de patentes relacionada à tecnologia VoLTE. Além disso, usuários já reportaram diversos problemas de software nos últimos anos, e a companhia não costuma ser muito transparente em relação a suas estratégias.

Mesmo que Adam Ferguson não tenha descartado a produção de flagships para sempre, é improvável que eles serão disponibilizados em um futuro próximo, visto que mesmo modelos intermediários mais robustos não têm sido lançados pela marca. Para isso, a empresa teria que conquistar uma base sólida de clientes entre os dispositivos mais simples, para então fazer outra tentativa em patamares mais avançados que possuem uma concorrência mais feroz.

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Fonte: Android Authority