Samsung registra patente de celular com tela dobrável em L

O mercado de celulares dobráveis poderá ganhar novos formatos no futuro. Além das já conhecidas construções do Galaxy Z Flip 3 e Galaxy Z Fold 3, a Samsung resistrou uma patente relacionada a dispositivos que possuiriam uma porção extra de display na parte superior esquerda, com dobradiça que permitiria a sua utilização quando virada para frente ou para trás.

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A documentação de 66 páginas foi aprovada no início deste ano, e dá mais detalhes de como a nova tecnologia funcionaria. Quando fechado, o celular teria um visual bastante parecido com os dispositivos "não-dobráveis", apenas com uma parte da tela que passa pelas laterais e se estende até o painel traseiro, alcançando o módulo de câmeras.

É possível imaginar algumas possibilidades de uso para esse tipo de display: na patente, existem menções ao sistema de Picture-In-Picture (PiP), em que algum conteúdo em vídeo ficaria posicionado na seção extra, enquanto o restante do display poderia ser utilizado normalmente. Além disso, esse formato seria útil na manipulação do aplicativo de câmeras, com mais opções para fotos ultrawide ou checagem de enquadramento em selfies capturadas com as lentes traseiras.

A estrutura do aparelho contaria com dobradiças reforçadas para evitar quebras caso o usuário force o sistema além do que é projetado, ou mesmo em outros momentos críticos como quedas e choques físicos em geral — além disso, a engrenagem provavelmente seria forte o suficiente para suportar o peso todo do celular.

Ainda não é certo se todo o display seria formado pelo mesmo material, já que somente esta pequena porção precisaria ser flexível, enquanto o restante do painel poderia ser composta por vidro tradicional, que é mais resistente contra riscos. No mais, o celular mostrado nas patentes tem três câmeras alinhadas na vertical, mais uma lente posicionada em um furo centralizado na parte superior do display.

A solução da Samsung se assemelha visualmente ao LG Wing quando aberto, mesmo que os dois dispositivos tenham mecanismos bastante diferentes. O aparelho da LG foi lançado em 2020 e nunca alcançou altos índices de venda, até porque a empresa encerrou sua divisão de celulares no ano seguinte.

De qualquer forma, a aprovação de patentes não é um sinal concreto de que determinadas tecnologias serão efetivamente lançadas ao público, já que os aparelhos ainda precisam passar por testes de viabilidade comercial e estrutural, por exemplo.

Além disso, documentações do tipo podem servir apenas como aparato jurídico para evitar que empresas concorrentes apresentem tecnologias semelhantes sem pagar os devidos créditos.

Fonte: LetsGoDigital