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Twitter já sinalizou mais de 50 mil conteúdos falsos sobre a guerra na Ucrânia

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 17 de Março de 2022 às 12h39

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Alveni Lisboa/Canaltech
Alveni Lisboa/Canaltech
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O Twitter divulgou a informação de que já precisou rotular ou remover mais de 50 mil conteúdos por violação da política de mídia manipulada. Todas essas intervenções estão ligadas a notícias relacionadas à invasão da Ucrânia pela Rússia, um campo fértil para disseminação de boatos, versões manipuladas e fake news.

A rede social disse ter excluído cerca de 75 mil contas por "comportamento inautêntico" e spam. Embora esse número não tenha necessariamente a ver com a disseminação de propaganda de guerra, muitas estavam associadas a hashtags virais manipuladas ou práticas proibidas.

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Uma das estratégias mais usadas no ramo político é contar com robôs para inflar acessos, gerar engajamento falso e subir hashtags para os trending topics. Diferentemente do esperado, a maioria dos envolvidos não era de um único governo, mas uma rede de atores que apoiam determinada causa.

No caso da Rússia, a manipulação ocorria com a reciclagem de imagens de conflitos antigos, golpes de arrecadação de dinheiro ou criação de fatos fantasiosos para justificar uma ação, como bombardeio a hospitais infantis.

Rótulos e redução de alcance

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Desde o final de fevereiro, o Twitter já havia garantido que o algoritmo não ampliaria o alcance de tuítes que incluíssem links para fontes de mídias afiliadas a Estados. Essa era uma política antiga da rede, mas que precisou ser reforçada diante do conflito, já que a grande mídia da Rússia é controlada pelo governo.

De lá para cá, foram rotulados mais de 61 mil tuítes com links para a mídia estatal do país, como Russia Today (RT) e Sputnik. Essas redes continuam a operar com suas contas verificadas no Twitter, mas seus conteúdos são marcados como duvidosos, o que faz com que o alcance seja bem menor. A estimativa da plataforma é de uma queda de 30% na audiência com a restrição.

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Assim como outras empresas de mídia social, o Twitter suspendeu a compra de publicidade por russos para evitar a disseminação de versões oficiais. Mesmo assim, a desinformação sobre a invasão da Ucrânia ainda encontra terreno fértil nas mídias sociais, com fotos e vídeos enganosos de um lado e agências de checagem do outro.

A Rússia já baniu quase todas as plataformas e serviços operados por empresas ocidentais, como Facebook, Instagram, TikTok e o próprio Twitter. Essa foi a forma encontrada por Vladimir Putin para suprimir a chegada de notícias do outro lado do planeta, com viés pró-Ucrânia, o que poderia minar o apoio do povo à incursão militar.

Fonte: Twitter