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Cibercriminosos teriam desviado R$ 1 bilhão do Auxílio Emergencial na pandemia

Por| Editado por Claudio Yuge | 29 de Março de 2022 às 12h00

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Jornal Contábil
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Os crimes virtuais aumentaram exponencialmente após o início da pandemia da covid-19 em 2020, e, segundo dados de investigações sigilosas da Polícia Federal obtidos pela Veja, podem ter gerado desvios de até R$ 1 bilhão do programa de Auxílio Emergencial durante a quarentena feito pelo governo brasileiro.

As informações sobre o possível desvio monetário ainda estão em fase de investigação, com a reportagem da Veja afirmando que o R$ 1 bilhão roubados do Auxilio Emergencial é a quantia máxima especulada pelos investigadores.

O possível roubo, então, é só mais uma evidência dos variados problemas digitais que o Brasil e o mundo vem enfrentando desde o começo da pandemia, seja em instituições privadas ou públicas, de diversos setores.

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Só no setor financeiro, por exemplo, foram registrados 1,6 mil alertas de ameaças contra bancos em 2021 no Brasil — e a situação é agravada pelo fato que essas instituições resistem em comunicar autoridades policiais sobre essas tentativas criminosos, visando mitigar possíveis danos de imagem e credibilidade resultantes das ocorrências.

Por isso, acaba sendo comum que bancos utilizem seus próprios departamentos de cibersegurança para tentar resolver esse tipo de situação, resultando em uma previsão para que, em 2022, sejam investidos R$ 3 bilhões para o enfrentamento de crimes bancários que envolvam dispositivos digitais.

Ao mesmo tempo, sabendo dos riscos, na última terça-feira (22), o Ministério da Justiça assinou um acordo de cooperação com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) para que as instituições financeiras e a Polícia Federal trabalhem juntos no combate aos crimes virtuais. A iniciativa prevê o treinamento de equipes para o enfrentamento de situações de fraudes digitais e também a troca de informações entre os dois setores para melhorar o combate contra essas ameaças.

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Além do Auxílio Emergencial, outros sites do governo também são alvos de ataques digitais

Além dos bancos, um levantamento realizado pela plataforma Darktracer, que monitora globalmente ameaças digitais, também mostra que os sites brasileiros com terminação ".gov" estão entre os principais alvos de ameaças virtuais, principalmente aquelas que roubam senhas.

Embora não relacionado com roubo de senhas de usuários, nos últimos meses, desde dezembro de 2021, o cenário brasileiro de cibersegurança está realmente vendo ataques contra plataformas governamentais, com o exemplo mais conhecido sendo o golpe do grupo LAPSUS no Ministério da Saúde, que deixou o aplicativo ConecteSUS, importante para comprovação de vacina da covid-19 e outras necessidades da área de saúde, indisponível por boa parte de janeiro.

Fonte: Veja