Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Google vai desmonetizar sites que falam demais sobre a invasão à Ucrânia

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 04 de Abril de 2022 às 12h17

Link copiado!

Paweł Czerwiński/Unsplash
Paweł Czerwiński/Unsplash
Tudo sobre Google

O Google pediu para que veículos jornalísticos fossem mais cautelosos quanto às publicações relacionadas ao conflito na Ucrânia. Segundo informações obtidas pelo site Deadline, a empresa teria notificado portais que notícias “condenando, rejeitando ou explorando” a invasão, bem como a culpabilizar ucranianos pelos acontecimentos, seriam desmonetizados da plataforma de publicidade Google Ads.

De acordo com o site, o comunicado teria partido da gerência da plataforma Google Ads, serviço de publicidade da Gigante das Buscas. A empresa alegou que restrições para esse tipo de publicação já estavam sendo aplicadas. As restrições entrariam em vigor especialmente “quando eles violam as políticas existentes”, disse a empresa.

Continua após a publicidade

Essa medida, porém, não é nova. Conforme as regras do serviço, conteúdo que “promova, glorifique ou condene violência entre pessoas” pode render suspensão da conta no programa de monetização.

Desde que o conflito começou, o Google foi inserido numa posição complicada. De um lado, portais de notícias internacionais tratavam a guerra como “invasão”, enquanto o governo russo insiste em categorizar os eventos como “operação militar de libertação”.

Logo, a empresa agiu em diferentes frentes: bloqueou canais e vídeos da mídia estatal russa no mundo inteiro, interrompeu a venda de anúncios na Rússia e retirou aplicativos da mídia local da Play Store. Enquanto a Rússia reagiu com o bloqueio do Google Notícias e ameaçou multar o YouTube por exibição de “vídeos extremistas”.

Não é a primeira vez

Continua após a publicidade

Contudo, essa também não é a primeira vez que o Google tenta se isentar das confusões. O site Deadline relembra que a empresa já desincentivou publicações de veículos jornalísticos considerados como “extrema-direita” do espectro político, como foi o caso do ZeroHedge. O portal não poderia mais lucrar por anúncios vinculados ao Google Ads.

A especialista em mídia Maria Armoudian considera a atuação do Google problemática, especialmente porque a empresa não se manifesta da mesma forma perante conflitos de outros lugares do mundo. “Vale a pena notar que o Google não está fazendo isso com outras guerras ou violações flagrantes contra os direitos humanos que possam estar ocorrendo agora [em outros lugares]. Portanto, vale a pena observar e perguntar se essa será uma nova política que se aplica continuamente ou se isso é um cuidado seletivo com a vida de nossos semelhantes”, pontuou.

Fonte: Deadline