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Ouça os sons dos buracos negros com estes vídeos da NASA

Por| Editado por Rafael Rigues | 05 de Maio de 2022 às 10h40

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Gerd Altmann/Pixabay
Gerd Altmann/Pixabay
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Dois vídeos divulgados pela NASA revelam os "sons" dos buracos negros do aglomerado Perseus e da galáxia M87. Os clipes foram feitos através de um processo chamado de "sonificação", onde as ondas emitidas por estes objetos são "mapeadas" em frequências sonoras que nós podemos ouvir.

Para produzir as sonificações, as equipes da NASA revisitaram os dados de ondas detectadas pelo telescópio Chandra. Depois, eles as extraíram em direções radiais, ou seja, do centro para fora. Em seguida, os sinais foram acelerados para ficarem no alcance da audição humana, ficando de 144 a 288 quatrilhões de vezes acima da frequência original.

Você pode conferir o resultado no vídeo abaixo:

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O buraco negro do aglomerado Perseus não foi escolhido por acaso para a sonificação. É que os astrônomos descobriram que as ondas de pressão emitidas pelo objeto causam ondulações no gás do aglomerado, que podem ser traduzidas em notas. Como os aglomerados de galáxias têm vastas reservas de gás, eles são ótimos meios para as ondas viajarem.

No vídeo, as regiões em azul e roxo indicam dados de raios X, coletados pelo telescópio espacial Chandra. Além disso, o indicador na tela gira com movimento como o de um radar, permitindo que você escute as ondas emitidas em diferentes direções.

Mais sons de buracos negros

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Outra sonificação envolve o buraco negro da galáxia M87, bastante conhecido por sua imagem capturada pelo projeto Event Horizon Telescope (EHT). A sonificação deste buraco negro não foi realizada com dados do EHT, mas sim de outros telescópios que o observaram em outras escalas, quase ao mesmo tempo.

Abaixo, você “escuta” o buraco negro da galáxia M87:

Na imagem, há painéis que indicam observações de diferentes telescópios: de cima para baixo, estão os dados de raios X coletados pelo Chandra, a luz visível observada pelo telescópio Hubble e as ondas de rádio, registradas pelo telescópio Atacama Large Millimeter Array (ALMA).

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A sonificação escaneia a imagem da esquerda para a direita, de modo que cada comprimento de onda foi mapeado para receber diferentes tons para os quais a audição humana é sensível. Já a região mais brilhante no lado esquerdo indica onde o buraco negro foi encontrado, enquanto a estrutura no canto superior direito é um jato relativístico, expelido pelo objeto enquanto se alimenta de matéria.

Fonte: NASA